Texto adaptado do Mountain Bike BH
Imagens e vídeo do Apocalipse Motorizado
Imagens de Rafael Lima Verde
O Dia Mundial Sem Carro é um movimento que começou em algumas cidades da Europa nos últimos anos do século 20, e desde então vem se espalhando pelo mundo, ganhando a cada edição mais adesões nos cinco continentes. Trata-se de um manifesto/reflexão sobre os gigantescos problemas causados pelo uso massivo de automóveis como forma de deslocamento, sobretudo nos grandes centros urbanos, e um convite ao uso de meios de transporte sustentáveis - entre os quais a bicicleta é a grande vedete.
No próximo sábado, 22, data em que é celebrado o Dia Mundial Sem Carro, a cidade de Aracaju, a exemplo de centenas espalhadas pelo mundo, estará com uma programação voltada ao incentivo da bicicleta como meio de transporte. A partir das 8 horas terá início a Jornada Brasileira Sem Carro com um passeio ciclístico saindo da Praça do Mini-Golfe e chegada no Parque da Sementeira, onde haverá outras atividades.

A bicicleta é uma excelente alternativa de deslocamento, sobretudo para pequenas distâncias. Leva seu condutor de porta a porta, permite a prática de uma atividade física simultânea ao deslocamento, tem custo baixíssimo e é minimamente afetada por engarrafamentos. Pedalar em Aracaju é possível e eficiente, pois tem um relevo pouco acidentado, sendo uma cidade relativamente plana. Muitas pessoas têm percebido isso, e o número de ciclistas na cidade tem aumentado visivelmente.
Porém, a nossa infra-estrutura para o uso da bicicleta como meio de transporte é precária. Há pouquíssimos bicicletários e paraciclos, poucas empresas dispõem de vestiários para incentivar seus funcionários a ir de bicicleta para o trabalho, possui apenas 32 km de ciclovia e as que existem são pouco estratégicas, o trânsito é hostil aos ciclistas.

Além disso, as viagens de carro degradam a relação dos indivíduos com o espaço público, transformando a rua em um indesejável obstáculo a ser superado no deslocamento de um ponto a outro. Elas também significam um uso desproporcional das ruas, já que a imensa maioria dos carros leva apenas uma pessoa - o que é ainda mais grave em áreas densamente povoadas.
