terça-feira, 18 de setembro de 2007

22 de Setembro - Dia Mundial Sem Carro - Participe

Texto adaptado do Mountain Bike BH
Imagens e vídeo do Apocalipse Motorizado


O Dia Mundial Sem Carro é um movimento que começou em algumas cidades da Europa nos últimos anos do século 20, e desde então vem se espalhando pelo mundo, ganhando a cada edição mais adesões nos cinco continentes. Trata-se de um manifesto/reflexão sobre os gigantescos problemas causados pelo uso massivo de automóveis como forma de deslocamento, sobretudo nos grandes centros urbanos, e um convite ao uso de meios de transporte sustentáveis - entre os quais a bicicleta é a grande vedete.

No próximo sábado, 22, data em que é celebrado o Dia Mundial Sem Carro, a cidade de Aracaju, a exemplo de centenas espalhadas pelo mundo, estará com uma programação voltada ao incentivo da bicicleta como meio de transporte. A partir das 8 horas terá início a Jornada Brasileira Sem Carro com um passeio ciclístico saindo da Praça do Mini-Golfe e chegada no Parque da Sementeira, onde haverá outras atividades.
A bicicleta é uma excelente alternativa de deslocamento, sobretudo para pequenas distâncias. Leva seu condutor de porta a porta, permite a prática de uma atividade física simultânea ao deslocamento, tem custo baixíssimo e é minimamente afetada por engarrafamentos. Pedalar em Aracaju é possível e eficiente, pois tem um relevo pouco acidentado, sendo uma cidade relativamente plana. Muitas pessoas têm percebido isso, e o número de ciclistas na cidade tem aumentado visivelmente.

Porém, a nossa infra-estrutura para o uso da bicicleta como meio de transporte é precária. Há pouquíssimos bicicletários e paraciclos, poucas empresas dispõem de vestiários para incentivar seus funcionários a ir de bicicleta para o trabalho, possui apenas 32 km de ciclovia e as que existem são pouco estratégicas, o trânsito é hostil aos ciclistas.

Os malefícios causados pelo uso de automóveis são inúmeros e evidentes: poluição atmosférica, efeito estufa, poluição sonora, congestionamentos, doenças respiratórias, sedentarismo, irritabilidade, perda de tempo, consumo de combustíveis fósseis, acidentes, comprometimento de grande parte da renda das pessoas.


Além disso, as viagens de carro degradam a relação dos indivíduos com o espaço público, transformando a rua em um indesejável obstáculo a ser superado no deslocamento de um ponto a outro. Elas também significam um uso desproporcional das ruas, já que a imensa maioria dos carros leva apenas uma pessoa - o que é ainda mais grave em áreas densamente povoadas.

Por fim, o automóvel é um meio de transporte não universalizável, já que seria impensável a existência de um carro por habitante no mundo.

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